A MAGRICELA
Maria Letras sopa-de-letras
Tanta coisa que ela fez
Para ver o desejado
Era a primeira vez
Tudo bem planeado
Queria caçar a presa
Nao poderia escapar
E se houvesse defesa
Ela havia de a furar
Aperaltou-se á altura
E ate quase conseguiu
Mostrar tal formosura
Que ele corou quando a viu
Mas quando ela sorriu
Por obra do demo, talvez
A dentadura caiu
Estatelou-se a seus pes
Um tanto ou quanto atarantada
Baixou-se p'rá apanhar
Foi quando a saia apertada
Estoirou sem ela esperar
Tentou falar, mas grunhiu
Olhou-o sem pestanejar
Nisto ouviu-se o assobio
Da ventania a passar
Eis que a peruca lhe voa
E tao linda que ela estava !
Tinha-a pintado em Lisboa
La na rua onde morava
Só resta dizer adeus,
Pensava, com olhar ausente
Já agora, queira Deus
Que o silicone aguente
Frente a esta confusao
Ele teve pena dela
Sorrindo estendeu a mao
E afagou a magricela