NAS SELVAGENS
Maria Letras sopa-de-letras
“ NAS SELVAGENS ”
_Terra à Vista…! Grita um Marujo,
Com barba farta e um ar sujo.
O vento assobia de estibordo,
Enquanto no convés, um homem gordo,
Corre a avisar o “dito cujo”.
_ Chegámos, Excelência …!
Diz o lacaio com reverência,
Enquanto solta a corda das amarras,
E foge das cagádas das “Cagarras”
Para abrir caminho à Presidência.
_ Espero que aqui nestas paragens,
não haja Facebook,nem mensagens,
nem rádio, nem TV e nem jornais,
e a Assembleia seja de animais,
neste paraíso das “Selvagens”.
Aqui descansarei longe das vozes,
Ouvindo Cagarras e Albatrozes,
Sem querer saber da vida dessa gente,
Que grita e barafusta no Continente,
E mesmo sem ter dentes, pede nozes…!
Julho 2013
Joaquim Isqueiro
A imagem pode conter: céu, nuvem, ar livre e água