19
Mai16
A MAE DO FADO
Maria Letras sopa-de-letras
Muita gente vai ao fado
Mas poucos sabem, talvez
Que esse seu tom magoado
Vem do destino cruzado
Entre a dama e o maltez
Na doçura ela trazia
Dos campos do Alentejo
Calor e melancolia
E ao olha-lo descobria
Amor profano e desejo
Ele cigano de raça
Traz no olhar as lonjuras;
Ela uma vida devassa,
Enreda-se na fumaça
Do sonho das suas juras
Eis que na Mouraria
Entre a mais dura pobreza
Cruza-se a melancolia
Com a rufiagem vadia
Nasce p'ro fado a princesa
Curta vida e desgraçada
Maria Severa viveu.
Contudo será lembrada
A cada nova guitarrada
E no fado que nos deu !