EMIGRANTE
Maria Letras sopa-de-letras
Ai Portugal velhinho
Que condão é esse teu
Que deixas partir sozinho
Quem, de si, tanto te deu?
Tão hospitaleiro és
Tens tão grande coração
Tiveste o mundo a teus pés
E hoje nada tens na mão
Asa curta de galinha
P’ros filhos agasalhar
Nem p’ro pão dá a farinha
Resta apenas emigrar
Lá longe não falta o pão
Ao corpo nao falta nada
Mas em cada coração
Falta o sol da pátria amada
Falta o cheiro dos trigais
Da terra quente no verão
Do mar e dos matagais
Da sardinha no São João
Não há terra como a nossa
E a gente morre de saudade
Vai rezando p’ra que possa
Voltar um dia mais tarde
MP-13.11.2015
Ciclo da terra